Carlos Marun (PMDB), deputado federal por Mato Grosso do Sul, foi escolhido o relator da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) da JBS na Câmara Federal.
Marun disputava o cargo com outros dois parlamentares: Delegado Francischini (SD-PR) e Hugo Leal (PSB-RJ).
O parlamentar disse que começa a trabalhar na apuração ainda nesta terça-feira (12), mas que ainda nao definiu o plano de trabalho, que deve apresentar em uma das sessões. “Não temos muita estratégia de ação definida ainda, mas isso é muito simples. Vamos em busca da verdade, não estamos aqui para proteger ninguém”, disse em entrevista coletiva na Câmara Federal, logo após a sessão que o anunciou na relatoria.
Pela regra da proporcionalidade, a relatoria seria ocupada pelo PMDB. Contudo, o presidente da comissão, senador Ataídes (PSDB-TO), informou nesta segunda-feira (11) à Agência Brasil que estava conversando as lideranças partidárias para definir quem ficará com a relatoria.
O deputado da bancada de Mato Grosso do Sul é um dos principais defensores do presidente Michel Temer (PMDB) no Congresso Nacional.
O comandante máximo do país viu as estruturas de seu governo sacudirem com a divulgação da delação premiada da JBS. Ele foi gravado por Joesley Batista, um dos sócios-proprietários da maior indústria de proteína animal do Brasil, supostamente dando o aval para comprar o silêncio do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), alvo da Operação Lava Jato.
Investigação – Instalada no dia 5 deste mês pelo Congresso Nacional, a CPMI vai investigar irregularidades envolvendo a empresa JBS e a holding J&F em operações com o BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento).
Relatoria - O relator é responsável pelo documento final que contém as conclusões da investigação, denúncias e o encaminhamento dos pedidos de providências.
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