Governador Marcelo Miranda é ouvido pela PF na operação Reis do Gado
28/11/2016 13:44 em Politica

O governador Marcelo Miranda (PMDB) está na sede da Justiça Federal, em Palmas, para prestar depoimento na operação Reis do Gado. A polícia investiga corrupção e lavagem de dinheiro no Tocantins entre os anos de 2005 e 2012. Além disso, identificou que R$ 200 milhões foram lavados.

O ex-governador Siqueira Campos também foi conduzido coercitivamente para prestar depoimento. O secretário de infraestrutura do estado, Sérgio Leão foi preso temporariamente e está na sede da PF em Palmas.

O ministro Mauro Campbell, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), está em Palmas para acompanhar o depoimento do governador. Isso porque Marcelo Miranda tem foro privilegiado pelo fato de ser governador.

Seis mandados de prisão já foram cumpridos nesta segunda-feira (28). José Edimar de Brito Miranda Júnior, irmão do governador, está entre os presos, assim como o secretário de infraestrutura Sérgio Leão.

O pai de Marcelo Miranda, Brito Miranda, está na sede da Polícia Federal prestando depoimento. Conforme a PF, todos os bens de Marcelo, Brito e José Edimar foram bloqueados.

A Secretaria de Comunicação do Estado disse que  o governador Marcelo Miranda determinou livre acesso às dependências da sua casa e do Palácio Araguaia. "Até o momento, tanto a Procuradoria Geral do Estado (PGE), quanto o escritório de advocacia, que representa Marcelo Miranda, não tiveram acesso à decisão da Justiça", diz nota enviada.

Esquema

Nesta segunda, a PF informou que a lavagem de dinheiro investigada na operação reis do gado foi praticada por meio de recursos adquiridos em contratos firmados desde a primeira gestão de Marcelo Miranda.

A investigação apontou um esquema de fraudes em contratos de licitações públicas com empresas de familiares e pessoas de confiança do governando Marcelo Miranda (PMDB), que teria gerado enorme prejuízo aos cofres públicos. As autoridades identificaram, até o momento, um montante de mais de R$ 200 milhões efetivamente lavados.

 

A ocultação do dinheiro desviado ilicitamente era feita por meio de transações imobiliárias fraudulentas, contratos de gaveta e manobras fiscais ilegais dentre os quais a compra de fazendas e de grandes quantidades de gado. Parte do valor teve por destino a formação de caixa dois para campanhas realizadas no Estado.

G1

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