Real digital: saiba como estão as discussões do Banco Central para criação da moeda virtual brasileira
Economia
Publicado em 24/08/2021

O Banco Central avança nas discussões em torno da implementação da moeda digital brasileira. O real digital, como já é conhecido, está em fase de estudos pela instituição e, neste segundo semestre de 2021, está aberto a contribuições da sociedade.

Desde 2020, a autoridade monetária do Brasil possui um grupo de trabalho para tratar da questão. Fabio Araujo, coordenador dos trabalhos sobre a moeda digital do Banco Central, explica que o real digital é uma representação adicional do dinheiro em papel e somente existiria, é claro, em ambiente virtual.

Fabio Araujo, coordenador dos trabalhos sobre a moeda digital do Banco Central explica, “É o real que não tem existência física. Só vai existir em sistemas computacionais. O Banco Central emitiria esse recurso. Da mesma forma que ele emite o real físico, emitiria um real no formato digital. Esse recurso é distribuído através das instituições do sistema de pagamento. Então você poderia sempre operar com esse real sem nunca tocá-lo. Você usa o seu computador, a sua carteira digital.” Explica.

O real digital é uma nova forma de representar a moeda que os brasileiros já utilizam em suas transações cotidianas. A moeda digital seria usada para finalidades que o dinheiro em papel já exerce, como realizar compras, fazer pagamentos e transferências, por exemplo.

O especialista em tecnologia Leonardo Miranda avalia que a criação do real digital é um passo do governo federal no sentido de modernizar o país.

Para Leonardo Miranda, especialista em tecnologia, “A iniciativa do Banco Central em desenvolver e lançar uma moeda digital está muito em linha com outras iniciativas que o governo tem feito no processo de digitalização. A gente observa isso em cadastros únicos, carteiras digitais, CNH digital, entre várias outras iniciativas.”

A implementação de uma moeda digital brasileira deve reduzir os custos para emissão do dinheiro físico pelo BC e permitir um leque de inovações mais amplo para as transações entre pessoas e instituições. A previsão é de que os estudos durem, no máximo, três anos.

Brasil 61

 

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