O Governo Federal deve assinar nos próximos dias uma medida provisória que libera uma nova rodada de saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), como aconteceu em 2020. A ideia é que cada trabalhador que tenha saldo em conta possa retirar entre R$ 500 e R$ 1.000. Isso representaria uma injeção de quase R$ 30 bilhões na economia e mais de 40 milhões de pessoas seriam beneficiadas. A previsão é que o presidente Jair Bolsonaro autorize a liberação dos recursos na próxima semana.
Segundo o economista Max Leno, ao fazer uma análise macroeconômica, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil pode ser beneficiado com a medida, já que o potencial de consumo das famílias é um elemento que compõe a estimativa do índice. “Tendo em vista que há essa possibilidade de injeção desses recursos da ordem de vários bilhões de reais na economia brasileira e isso pode representar uma injeção que possa vir a beneficiar esse elemento constitutivo do PIB, que representa uma porcentagem do cômputo do PIB.”
Mara Ventura tem 34 anos e é auxiliar de serviços gerais em Vitória, no Espírito Santo. Ela participou dos primeiros saques, em 2020, e diz que o dinheiro ajuda no orçamento de casa. “Tudo muito alto. Talão, alimentação e o pouco que vem dá um alívio. Ainda mais que sou só eu que trabalho e tenho quatro pessoas desempregadas. Dá pra aliviar um pouco.”
O governo ainda não liberou o calendário para os saques. Ainda de acordo com o economista, a escolha de como usar esses valores é pessoal e cada pessoa deve pensar bem sobre quais são as destinações do eventual recurso.
Brasil 61 - Reportagem, Rafaela Soares.