Ludmilla explicita o poder do sexo feminino em EP de funk
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Publicado em 24/03/2022

Por Mauro Ferreira do G1 Música*

 

No título do EP Back to Be, lançado por Ludmilla na noite desta quarta-feira, 23 de março, com seis músicas inéditas, a artista evoca o passado como MC Beyoncé, codinome com o qual entrou há dez anos no universo do funk carioca, sob a batuta do empresário Matheus de Souza Vargas Júnior, o MC Roba a Cena. 

Só que MC Beyoncé já ficou no passado de Ludmilla – e de lá não mais voltará. Até porque já se passaram dez anos e agora quem rouba e domina a cena é Ludmilla Oliveira da Silva, a cantora e compositora fluminense que, ao longo dessa década, já assumiu o amor pela dançarina Brunna Gonçalves, enriqueceu, ganhou poder no mundo da música – fato ainda incomum nas biografias de mulheres negras vindas da periferia – e se tornou um dos nomes mais influentes do Brasil. 

 

Capa do EP 'Back to Be', de Ludmilla — Foto: Fernando Schlaepfer


Embora esteja eternizada na memória afetiva de Ludmilla por ter personificado o início dessa trajetória vitoriosa, MC Beyoncé existiu somente entre 2012 e 2013. 

Disco gravado com produção musical creditada à empresa Mousik, representada por DJ Will 22 e DJ 2F, o EP Back to Be traz de volta o batidão do funk para a discografia de Ludmilla, até então mais voltada para o pagode e para o pop, mas quem entra no baile é a cantora empoderada e assumida de 2022. A mulher que fala de sexo sem pudor, até mesmo por ter sido voz relevante na revolução feminina que enfrentou ao longo dos anos 2010 o machismo (ainda) reinante no universo do funk.

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