'Baile no morro': como funk viralizou antes de ser lançado, superou artistas famosos e chegou ao nº1
07/07/2022 06:32 em Novidades

Funk mineiro virou sensação com prévia em vídeo dos MCs Tairon e Vitin da Igrejinha cantando trecho com amigos. Ao sair oficialmente, ela já era viral e chegou ao topo do Spotify em 2 semanas.

Por Rodrigo Ortega, g1 

 

Já era difícil acompanhar a rapidez com que lançamentos viram hits na era do TikTok. O novo número 1 da parada brasileira leva essa velocidade a outro patamar: "Baile no morro" viralizou antes do lançamento oficial, em um vídeo dos MCs cantando a prévia de um trecho com amigos.

No dia 27 de maio de 2022, o vídeo caseiro apareceu no canal do Instagram dos MCs mineiros Tairon e Vitin da Igrejinha, ambos de 18 anos. Era só um jeito de criar uma expectativa para o lançamento de "Baile do Morro", dali a duas semanas.

Quando a faixa oficial saiu, em 16 de junho, o refrão já tinha se espalhado. A versão caseira da prévia já tinha sido usada na trilha de dezenas de milhares de vídeos no TikTok. Foi só correr para o abraço do sucesso na versão final nos serviços de streaming.

No dia 19 de junho, Tairon saiu de Belo Horizonte para Criciúma (SC), onde todo mundo já cantava o refrão: "Vou voltar curtir o baile no morro / Ela sabe que eu sou do bagulho doido...."

Foram só mais duas semanas, até 1º de julho, para "Baile no morro" virar a música mais tocada no Spotify no Brasil. Tairon, Vitin e o DJ Win superaram artistas bem mais conhecidos no cobiçado nº1 nacional. Eles seguiram o caminho do sucesso do funk de BH e da força do estilo nas redes sociais.

Em 2021, o g1 contou como uma geração de músicos de Belo Horizonte criou um som "brisado", cheio de texturas e climas inusitados, com novos ídolos como os MCs Rick, Anjim e Zaquin.

Já há uma nova geração: Victor Maia, 18 anos o Vitin da Igrejinha, é apadrinhado do MC Rick. Ele virou seu empresário e incentivador - tanto que aparece no vídeo da prévia, cantando a música em coro junto de MCs como Luan da BS e MC Braz.

Os músicos têm uma afinidade artística que passa pelos sons "viajados". "É um estilo delicado de fazer. E é complexo. Muita melodia, muitos timbres. É muito 'embolado', e no fim dá muito certo. Por isso BH está crescendo muito", diz Windson Vascocelos de Souza, 21 anos, o DJ Win.

Foto: Divulgação / Daniel Rosa

COMENTÁRIOS
Comentário enviado com sucesso!